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9 de fev. de 2011

Economia digital

O século XX pautou-se por profundas alterações na estrutura económica e social. Este foi de fato o século das grandes mutações em que o homem se viu no limiar de uma nova estrutura, de uma nova forma de pensar e fazer economia. A nova economia, orientada pelos recursos digitais emergentes (como a internet) e resultado da congregação entre a tecnologia e a informação está centrada nas instituições, pessoas e na transferência de informação, métodos, processos e na aprendizagem. Neste quadro, o homem tem um papel fundamental para o crescimento econômico e social das redes econômicas a diferentes escalas, logo, tem uma função aglutinadora e geradora de conhecimento como acesso e
transferência de informação, normalmente associada à Internet e aos meios inteligentes por
excelência, as cidades.
 
Desta forma, a economia digital acaba por traduzir  o seu paradigma económico na construção de “novas geografias” e no aparecimento  de consequências econômicas, sociais, culturais e tecnológicas diversas, todas elas se refletindo no território, isto é, aspectos como: “o impacto das TIC’s nas mobilidades, na diminuição das distâncias, na abolição das barreiras espaciais e no aumento da conectividade; a criação de diferentes níveis geográficos de interligação ou de diferentes redes; e a desertificação informacional de determinados locais e/ou regiões, por ausência de infra-estruturas ou falta de qualificação da sua população” (FERREIRA, 2004). 

A par da importância da nova economia digital para  a criação  do conhecimento e de novas competências globais, é de sublinhar a centralidade das políticas para o sistema de conhecimento humano,  no controle dos diferentes processos e na regulação dos elementos dos sistemas, no que se refere às áreas da inovação, tecnologia e também no que concerne às políticas urbanas, industriais e regionais.
Na perseguição por cidades e regiões inteligentes, as políticas tecnológicas, de inovação e de conhecimento são elementos comuns às diferentes realidades e aos diferentes atores das redes e dos sistemas de inovação e conhecimento, devendo ser elaboradas e executadas num ambiente de conivência e numa estreita relação com as novas  tecnologias e instrumentos da economia digital emergente.